domingo, 9 de dezembro de 2007

Resumo: Interação e interatividade - Marco Silva

Interação e interatividade [1]
Marco Silva [2]

Nesse capítulo o autor faz um levantamento bibliográfico acerca dos conceitos de interação e interatividade. No início relata duas críticas comumente encontradas: a primeira está relacionada ao uso da palavra “interatividade” como argumento de vendas sem levar em consideração a complexidade do termo no campo da comunicação; a segunda, refere-se ao conceito de “interação” que se encontra presente em várias áreas do conhecimento como Física, Química, Sociologia, Biologia, Comunicação entre outras, tornando-o, portanto, polissêmico e vasto.

Em um dos tópicos atribui a “interação” um caráter redutor por facilitar a coesão e buscar estabilidade e equilíbrio.

Noutro tópico, aponta crítica à conotação restritiva desse termo e difere os conceitos segundo perspectivas temporais. Enquanto a interação é uma comunicação bilateral e esquematizável; a interatividade é uma comunicação discursiva que sofre influência afetiva e cognitiva, evoluindo ao longo do tempo.

Na visão interacionista, alguns autores atribuíram ao termo interação aspectos, tais como: motivação, predisposição e complexidade. Segundo Goffman e Strauss, na interação há previsão, cálculo e controle das ações.

No último tópico, alguns questionamentos foram levantados para tentar explicar as razões pelas quais os informatas transmutaram o termo “interação” para “interatividade”. E, finaliza, dizendo que não há necessidade de gerar conflitos, pois os termos possuem vantagens comuns.

Comentário sobre o texto:

Considerei densa a leitura desse texto. Tive uma certa dificuldade para entendê-lo. Por outro lado, ele me fez rever meus conceitos. Sempre atribui, até então, um significado mais técnico a interatividade, vinculando–o a uma relação homem-máquina (ou software), sem levar em conta a complexidade que envolve os aspectos comunicacionais. Da mesma forma, antes eu considerava “interação” muito mais voltado às relações humanas, mesmo que mediadas por meios tecnológicos.

Depois do estudo desse texto e analisando as minhas práticas como tutora de cursos virtuais, percebo que interatividade é mais ampla. Atribuo isso ao caráter de construção e imprevisibilidade que, inclusive, é relatado no capítulo. Essas evidências aparecem quando em um chat ou em um fórum, o discurso se abre em vários leques de assuntos que são ligados entre si por um fio bem sutil capazes de gerar novos pontos.

[1] Interação e interatividadeMarcos Silva - Sala de aula interativa – p. 92-99.
Data de acesso: 26/6/07

[2] O autor, Marco Silva, é sociólogo, mestre e doutor em educação, professor da UERJ e da UNESA, desenvolve pesquisa sobre a interatividade aplicada ao ensino presencial e à distância com desdobramentos nos campos da sociologia, da arte, do mercado e das tecnologias digitais.
Fonte: Site - http://www.saladeaulainterativa.pro.br/curriculum.htm. Acesso: 2/7/07

Um comentário:

Marco Silva disse...

Leitura sensível ao texto. Fico motivado com o entendimento e valorização dos meus textos. Procurarei cuidar do estilo denso em favor da maior compreensão. Grato pela crítica. Forte abraço.